domingo, 31 de julho de 2011

FOME NO BRASIL


Cerca de 30 milhões de brasileiros convivem diariamente com a fome. A renda familiar dessas pessoas não dá para comprar alimentos suficientes, recebem também o nome de miseráveis ou indigentes. Elas não trem condições básicas de vida do ser humano: sobreviver, crescer, resistir às doenças, trabalhar e conviver em sociedade.
Dos brasileiros que vivem nessa situação de pobreza quase a metade mora nas cidades e a outra metade nas zonas rurais, a maioria na região Nordeste. No entanto, a fome é um problema que ocorre em todo o território nacional.
Nas zonas rurais, as famílias produzem alimentos, dependendo um pouco menos do dinheiro para comprar comida aumentando o consumo de alimentos em relação a zona urbana, mas em contra partida a mortalidade infantil é maior pela dificuldade de acesso a serviços de saúde e saneamento básico.
 O Brasil tem grande quantidade de alimentos disponível, se todo esse alimento fosse distribuído a todas as pessoas por igualdade cada um poderia consumir a quantidade necessária de calorias e proteínas recomendadas pelos especialistas em saúde.
A fome no Brasil não é pela falta de alimento, o problema está no poder aquisitivo da população, no preço dos alimentos e também na distribuição. A produção de alimentos se dá na maior parte nas regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste do Brasil e mais da metade dos que passam fome estão no Norte e Nordeste.
O problema mais grave é a má distribuição de renda, o baixo poder aquisitivo ao lado da falta de assistência à saúde e saneamento básico.

domingo, 24 de julho de 2011

BRASIL, MISTURAS DE RAÇAS




Por: Karla Cristina de Abreu Quintela
Retirado do You tube.

Cor ou raça influencia na vida das pessoas.

Influência da cor ou raça na vida é reconhecida por 63,7% dos entrevistados

Mais da metade dos entrevistados (63,7%) pela PCERP disseram que a cor ou raça influencia a vida das pessoas. Entre as unidades da federação pesquisadas, o maior percentual de resposta afirmativa foi registrado no Distrito Federal (77,0%) e o menor, no Amazonas (54,8%). As mulheres apresentam percentual maior do que os homens: 66,8% delas disseram que a cor ou raça influenciava, contra 60,2% deles. Na divisão por grupos etários, os maiores percentuais de resposta afirmativa ficaram com as pessoas de 25 a 39 anos (67,8%), seguidas pelas pessoas de 15 a 24 anos de idade (67,2%). Os dois grupos se alternam na liderança desse quesito em todos os estados, mas no Distrito Federal o destaque é do grupo de 40 a 59 anos, com 79,5%.

Trabalho é citado como a situação mais influenciada por cor ou raça

Sobre situações em que a cor ou raça influencia a vida das pessoas no Brasil, em primeiro lugar aparece “trabalho”, resposta que foi dada por 71% dos entrevistados. Em segundo lugar aparece a “relação com justiça/polícia”, citada por 68,3% dos entrevistados, seguida por “convívio social” (65%), “escola” (59,3%) e “repartições públicas” (51,3%).

O Distrito Federal se destacou com os maiores percentuais de percepção da influência da cor ou raça em quase todas as situações citadas, tais como “trabalho” (86,2%), “relação com justiça/polícia” (74,1%), “convívio social” (78,1%), “escola” (71,4%) e “repartições públicas” (68,3%). Apenas em “casamento”, a Paraíba ficou com 49,5% contra 48,1% do DF.

96% dos entrevistados afirmam saber a própria cor ou raça

Dos entrevistados, 96% afirmam que saberiam fazer sua autoclassificação no que diz respeito a cor ou raça. Ao ser indagada a cor ou raça (com resposta aberta), 65% dos entrevistados utilizaram uma das cinco categorias de classificação do IBGE: branca (49,0%), preta (1,4%), parda (13,6%), amarela (1,5%) e indígena (0,4%), além dos termos “morena” (21,7%, incluindo variantes “morena clara” e “morena escura”) e “negra” (7,8%). Entre os estados, o Amazonas se destacou com o menor percentual de respostas para cor “branca” (16,2%) e a maior proporção de uso do termo “morena” (49,2%). Já o maior percentual da resposta “negra” foi no Distrito Federal (10,9%), onde as respostas “branca” e “parda” tiveram proporções iguais (29,5%).

Comparando a classificação de cor ou raça do entrevistado feita por ele mesmo (autoclassificação) e a atribuída pelo entrevistador (heteroclassificação), observou-se um nível de consistência significativamente alto, com exceção para o caso da categoria “morena”, mais usada pelo entrevistado (21,7%) do que pelo entrevistador (9,3%). Essa discordância foi maior na Paraíba, onde 45,7% dos entrevistados se autoclassificam como “morenos”, mas o termo só foi usado pelos entrevistadores em 4,3% dos casos.

Cor da pele é dimensão mais citada para definir cor ou raça

Entre as dimensões de identificação oferecidas aos entrevistados, em relação à auto-identificação de cor ou raça, a que mais aparece é a “cor da pele”, citada por 74% dos entrevistados. Seguem “origem familiar” (62%) e “traços físicos” (54%). Já na identificação das “pessoas em geral”, a dimensão mais citada foi a “cor da pele” (82,3% dos entrevistados), seguida de “traços físicos (cabelo, boca, nariz, etc.)” (57,7%) e “origem familiar, antepassados” (47,6%).

Pesquisa abordou diversos elementos de identificação

As entrevistas foram feitas com uma pessoa de 15 anos ou mais de idade por domicílio, selecionada aleatoriamente. A pesquisa abordou a identificação do entrevistado a partir de uma pergunta aberta (autoclassificação), sondando algumas dimensões que compõem a identificação de cor ou raça para “as pessoas em geral” e para o próprio entrevistado (cultura, traços físicos, origem familiar, cor da pele etc.). Também perguntou sobre a origem familiar (africana, européia, do Oriente Médio, entre outras) e se o entrevistado se reconhecia com uma série de alternativas de identificação (afro-descendente, indígena, amarelo, negro, branco, preto e pardo), além de levantar informações sobre educação e inserção ocupacional do pai e da mãe da pessoa entrevistada. Muitas perguntas permitiram respostas múltiplas. Em paralelo à autoclassificação, o entrevistador atribuía uma cor ou raça ao entrevistado com uma pergunta aberta (heteroclassificação). Finalmente, a pesquisa abordou a percepção da influência da cor ou raça em alguns espaços da vida social.

Fonte: www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/caracteristicas_raciais/default_raciais.shtm



sábado, 23 de julho de 2011

Pobreza, gênero, raça/etnia, políticas públicas .... alguns conceitos.


Por: Karla  Cristina de Abreu Quintela


Quando se fala sobre pobreza, gênero e raça/etnia no contexto rural e urbano, faz-se necessário evidenciar alguns conceitos incluindo o de políticas públicas:

Gênero: Engloba todas as características básicas que possuem um determinado grupo ou classe de seres. Conjunto de seres que têm a mesma origem ou que se encontram ligados pela semelhança de suas principais características. Identificação social em relação ao sexo (masculino ou feminino).


Raça: Diferentes populações de uma mesma espécie. Compreende apenas fatores morfológicos como a cor de pele, constituição física, estatura e traço facial. Usá-se em política quando se pede igualdade racial ou na legislação quando se fala em preconceito de raça, como  prevê a lei 12.288 de 20 de Julho de 2010,  que institui no Brasil o estatuto da igualdade racial (Raça, cor de pele).

Etnia: Compreende apenas fatores culturais tais como a nacionalidade, afiliação tribal, religião, língua e as tradições.

Políticas públicas:  como tudo aquilo que o governo (municipal, estadual ou federal), faz no que diz respeito as leis, medidas reguladoras, decisões e ações,com vistas ao bem coletivo. Podem ser desenvolvidas em parcerias com organizações não governamentais.

Políticas públicas intersetoriais:  Atuam em diversos setores como: político, técnico e administrativos; Em  diferentes áreas como: saúde, educação, meio ambiente,  planejamento  e assistência social . Agregam setores  diversos e várias áreas, permitindo maior  utilização do conhecimento e  experiências acumuladas, colaborando para o alcance de metas comuns.

Políticas de Governo:   É  o conjunto de filosofias, ideais, planos e medidas que compõe uma gestão pública. Influenciada por diversos fatores incluindo as relações partidárias, alianças políticas, apoio de instituições privadas e da própria sociedade civil.

Políticas afirmativas: são medidas especiais e temporárias, tomadas ou determinadas pelo estado, com o objetivo de eliminar desigualdades historicamente acumuladas, garantindo a igualdade de oportunidades e tratamento, bem como de compensar perdas provocadas pela discriminação e marginalização, decorrentes de motivos raciais, étnicos, religiosos, de gênero e outros. Visam combater os efeitos acumulados em virtude das discriminações ocorridas no passado.

Sociedade Civil: se refere à totalidade das organizações e instituições cívicas voluntárias que formam a base de uma sociedade em funcionamento, por oposição às estruturas apoiadas pela força de um estado (independentemente de seu sistema político).

Desigualdade social: É uma diferença que os indivíduos e grupos sociais julgam segundo escalas de valor. Se resume, em muitos com pouco e poucos com muito; ela acontece quando a distribuição é feita de maneira inadequada, portanto, injusta, sendo que enquanto a maior parte do dinheiro fica com a minoria, a maioria sofre com a divisão salarial.

Direitos Humanos: são os direitos e liberdades básicos de todos osseres humanos. Normalmente o conceito de direitos humanos tem a ideia também de liberdade de pensamento e de expressão, e a igualdade perante a lei.

Diversidade: É tudo aquilo que abrange cultura, raça, credo e etnia. Diferentes formas de pensar e agir. Inclusão racial, econômica e social.'

Justiça social:  É uma construção moral e política baseada na igualdade de direitos e na solidariedade coletiva.  
Em termos de desenvolvimento, a justiça social é vista como o cruzamento entre o pilar econômico e o pilar social.

Sexismo:  É termo que se refere ao conjunto de ações e ideias que privilegiam entes de determinado gênero (ou, por extensão, que privilegiam determinada condição sexual) em detrimento dos entes de outro gênero (ou condição sexual).

Com a leitura dos conceitos ficará mais fácil o entendimento e a abordagem do nosso tema:

Pobreza, gênero e raça/etnia no contexto urbano e rural: Perspectivas de gênero e raça/etnia na saúde pública.


Fonte de pesquisa:  Wikipédia:  http://pt.wikipedia.org 

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Um Mundo muitoTriste

O Ciclo Vicioso da Pobreza

"Saúde precária".

A  pobreza "é a doença que mais mata no mundo" e a " maior causa de mortes, doenças e sofrimento".
A  pobreza é uma constante ameaça á vida e á saúde.
Mais de um bilhão de pessoas no mundo todo não dispõe de água limpa.
Centenas de pessoas pobre não tem uma alimentação equilibrada,
 não tem condições de tratarem as doenças.
Os pobres morrem mais cedo estatísticamente comprovado.
E os que sobrevivem sofrem de doenças crônicas..
O pobre morre mais cedo devido á falta de alimentos, que causa doenças e desnutrição e em conseqüência surge a doença crônica.
O pobre sem saúde, não consegue trabalhar, torna-se inapto ao trabalho e o resultado é um ciclo cruel e mortífero consorciado á miserabilidade..

Entrevista

03/05/2011 10h34 - Atualizado em 03/05/2011 12h59

Brasil tem 16,27 milhões de pessoas em extrema pobreza, diz governo

Programa ‘Brasil sem Miséria’ vai atender, assim, 8,5% da população.
Dilma lançará programa ‘nas próximas semanas’, segundo ministra.

Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello (Foto: Antonio Cruz/AB) 
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello
(Foto: Antonio Cruz/AB)
A ministra de Desenvolvimento e Combate à Fome, Tereza Campello, anunciou nesta terça-feira (3) que o Brasil tem 16,27 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza, o que representa 8,5% da população. A identificação de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza foi feita pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) a pedido do governo federal para orientar o programa “Brasil sem Miséria”, que será lançado, segundo Campello, nas próximas semanas pela presidente Dilma Rousseff.
O objetivo do programa será garantir transferência de renda, acesso a serviços públicos e inclusão produtiva para resgatar brasileiros da miséria.
“Essa taxa [de 8,5% dos brasileiros em situação de miséria] indica que não estamos falando de uma taxa residual. A taxa de extrema pobreza atinge quase um brasileiro a cada dez”, afirmou o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, que participou da entrevista coletiva ao lado do presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, e da ministra Tereza Campello.
De acordo com o IBGE, do contingente de brasileiros que vivem em condições de extrema pobreza, 4,8 milhões têm renda nominal mensal domiciliar igual a zero, e 11,43 milhões possuem renda de R$ 1 a R$ 70.

Negros e pardos
Ainda segundo o levantamento, a grande maioria dos brasileiros em situação de miséria é parda ou negra, tanto na área rural quanto na área urbana.
“Na área urbana, quanto maior é a renda da população maior é o contingente de população branca. Quanto menor a renda maior a população parda e negra. O mesmo acontece na área rural, quanto menor a faixa de renda, maior a proporção de cor negra ou parda”, disse o presidente do IBGE.

Áreas rural e urbana
Segundo o IBGE, 46,7% das pessoas na linha de extrema pobreza residem em área rural, apesar de apenas 15,6% da população brasileira morarem no campo. O restante das pessoas em condição de miséria, 53,3% mora em áreas urbanas, onde reside a maoria da população - 84,4%.
A região Nordeste concentra a maior parte dos extremamente pobres - 9,61 milhões de pessoas ou 59,1%. Destes, a maior parcela (56,4%) vive no campo, enquanto 43,6% estão em áreas urbanas. A região Sudeste tem 2,72 milhões de brasileiros em situação de miséria, seguido pelo Norte, com 2,65 milhões, pelo Sul (715,96 mil), e o Centro Oeste (557,44 mil).
A ministra Tereza Campello afirmou que a pesquisa do IBGE vai ajudar a direcionar as ações do “Brasil sem Miséria”. Segundo ela, o governo será capaz de erradicar quase que por completo a extrema pobreza em quatro anos.
“A ideia é de que estamos fazendo um esforço extraordinário do governo federal, dos governos estaduais e dos municípios para erradicar a extrema pobreza. Não estamos falando de um plano que continuará, mas de uma força tarefa [para erradicar a pobreza em quatro anos]. O plano acaba em quatro anos”, disse a ministra.
Ela explicou que os programas sociais que beneficiam famílias pobres mas com renda superior a R$ 70 continuarão, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.
“Continuaremos com as ações de transferência de renda e ações de saúde e educação na faixa dos R$ 70 a R$ 140. Mas quando você vê o grau de fragilidade para os que vivem abaixo dessa faixa, justifica que a gente tenha um olhar especial”, disse, explicando a escolha de dedicar próximo programa do governo aos brasileiros que ganham menos de R$ 70.

Metodologia
Para demilitar os brasileiros que vivem em condição de extrema pobreza, o governo utilizou dados preliminares do Censo Demográfico de 2010. A linha de pobreza foi estabelecida em R$ 70 per capita considerando o rendimento nominal mensal domiciliar.
Desse modo, qualquer pessoa residente em domicílios com rendimento menor ou igual a esse valor é considerada extremamente pobre. Há, no entanto, integrantes de uma família que, apesar de não terem qualquer rendimento, não se encaixam na linha de extrema pobreza.
Para calcular as pessoas sem rendimento que, de fato, se incluem na linha de miséria, o IBGE realizou um recorte que considerou os seguintes critérios: residência sem banheiro ou com uso exclusivo; sem ligação de rede geral de esgoto ou pluvial e sem fossa séptica; em área urbana sem ligação à rede geral de distribuição de água; em área rural sem ligação à rede geral de distribuição de água e sem poço ou nascente na propriedade; sem energia elétrica; com pelo menos um morador de 15 anos ou mais de idade analfabeto; com pelo menos três moradores de até 14 anos de idade; com pelo menos um morador de 65 anos ou mais de idade.

http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/05/brasil-tem-1627-milhoes-de-pessoas-em-situacao-de-extrema-pobreza.html

A desigualdade e a pobreza

Diariamente todos os brasileiros convivem e visualizam os resultados decorrentes da pobreza, na qual a maioria da população nacional se encontra, os meios de comunicação (revistas, jornais e rádio) divulgam os imensos problemas provenientes de uma sociedade capitalista dividida em classes sociais.

Uma parcela da população acredita que a condição de miséria de milhares de pessoas espalhadas pelo território brasileiro é causada pela preguiça, falta de interesse pelo trabalho, acomodados à espera de programa sociais oferecidos pelo governo, em suma, acham que só não trabalha quem não quer, no entanto, isso não é verdade.

Nas últimas décadas, o desemprego cresceu em nível mundial paralelamente à redução de postos de trabalho, que diminuiu por causa das novas tecnologias disponíveis que desempenham o trabalho anteriormente realizado por uma pessoa, a prova disso são os bancos que instalaram caixas de auto-atendimento, cada um desses corresponde a um posto de trabalho extinto, ou seja, milhares de desempregados, isso tem promovido a precarização dos vínculos de trabalho, isso quer dizer que as pessoas não estão garantidas em seu emprego e todos buscam uma permanência no mesmo, antes a luta principal era basicamente por melhorias salariais, atualmente esse contexto mudou.

Quando um trabalhador é demitido e não encontra um novo emprego em sua área de atuação, ou em outras, fica impedido de gerar renda, sem condições de arrecadar dinheiro através de sua força de trabalho as pessoas enfrentam dificuldades profundas e às vezes convivem até mesmo com a fome.

É comum relatos de professores de escolas de bairros periféricos onde há altos níveis de desemprego a ocorrência de desmaios de alunos por falta de alimentação, muitos estudantes freqüentam a escola por causa da merenda escolar que, pra muitos, é a única refeição do dia.

Esse processo de distribuição de renda e desemprego obriga as pessoas a procurar lugares impróprios à ocupação urbana, como não tem condições financeiras para custear moradias dignas, habitam favelas e áreas de risco desprovidas dos serviços públicos (esgoto, água tratada, saúde, educação, entre outros) que garantem uma melhor qualidade de vida.

Nesse sentido, há uma camada da população que nem sequer tem um “barraco” em uma favela, vivem embaixo de fachadas de lojas, instituições, praças e pontes. A pobreza é decorrente de vários fatores, os principais são os processos de globalização, a modernização dos meios de produção e a desigual distribuição da renda.

As referências abaixo são de livros que abordam assuntos interessantes sobre a desigualdade, pobreza e discriminação. Uma grande fonte de pesquisa e enriquecedora. O grupo está empenhado em ler e logo em seguida abordá-los para o enriquecimento de pesquisas e conhecimentos.

CHARON, Joel M. Sociologia. Revista Atualizada. São Paulo: Saraiva, 2004

OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia série Brasil. Ensino Médio. Volume Único, 25ª edição. Editora Ática.

MARCELLINO, Nelson C. Introdução às Ciências Sociais. Campinas. Editora: Papirus, 14ª edição, 2005

FORACCHI, Marialice Mencarini; MARTINS, José de Souza. Sociologia e sociedade (Leitura de Introdução à Sociologia). Editora LTC, 23ª tiragem.

terça-feira, 19 de julho de 2011

O preconceito oculto

O Brasil prefere o mito da democracia racial e fecha os olhos para a intolerância

Ana Carvalho e Aziz Filho

o 113 anos sem grilhões, sem as marcas da chibata. Mas em pleno século XXI a sociedade brasileira empurra os negros e seus descendentes – ou seja, 45% da população – para uma realidade muito parecida com a das senzalas. Para camuflar a responsabilidade por ter mantido por três séculos a escravidão e submetido os afro-brasileiros ao trabalho forçado e ao cativeiro, criou-se, respaldada na miscigenação, o mito da democracia racial. Como se vivêssemos num eterno desfile de escola de samba, a igualdade entre brancos, negros, mulatinhos e tantas outras variantes de cor, criadas para não encarar o preconceito, foi pregada como uma realidade capaz de maquiar a exclusão e a intolerância racial no Brasil. Para aqueles que não conseguiam enxergar dentro de casa a desigualdade e a sua profunda dimensão racial, a separação entre o Brasil e a África do Sul do apartheid era de um enorme oceano. Enquanto aqui negros e brancos dividiam o mesmo banco do metrô, na terra de Nelson Mandela insuflavam a segregação com leis abomináveis. Do lado de cá do mapa, lutar contra o apartheid sul-africano se limitava a repudiar o governo branco do continente negro. O regime sucumbiu em 1994, quando Mandela chegou à Presidência. Com o fim da ditadura racial no país africano, ficaram mais claros o racismo, a discriminação e a intolerância em países signatários de acordos de defesa dos direitos humanos. A máscara da hipocrisia começou a cair. O Brasil é um dos mais constrangidos, mas não está só. Em todos os quadrantes do planeta, oprimidos raciais, étnicos, religiosos e sexuais estão pondo a boca no trombone para cobrar atitudes coerentes de quem lutou contra o apartheid, mas mantém no seu quintal desigualdades tão abissais quanto as vividas na África do Sul. A intolerância levou o diplomata brasileiro José Augusto Lindgren, atual cônsul-geral em San Francisco (EUA), a propor à ONU a realização de uma nova discussão sobre o preconceito pós-apartheid. A III Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância será realizada em Durban (África do Sul) entre 31 de agosto e 7 de setembro.

Desigualdade – O país de Lindgren, onde o mito da democracia racial foi nocauteado pelas estatísticas, tem contas a prestar. O mercado de trabalho é uma prova do tamanho da desigualdade: os negros ganham, em média, a metade do salário dos brancos. Os relatos e sugestões do Brasil ao mundo pós-apartheid serão definidos em um encontro nacional na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, entre os dias 6 e 8 de julho. Os organizadores dos dois eventos prevêem que o abismo entre negros e brancos concentrará as atenções tanto em Durban quanto no Rio.

O Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), do Ministério do Planejamento, iniciou, em março, uma de suas pesquisas mais ambiciosas. Sob a coordenação do economista Ricardo Henriques, o instituto quer fazer um diagnóstico da desigualdade racial brasileira em todos os seus aspectos. A pesquisa deve ser concluída no fim de 2002. ISTOÉ teve acesso aos primeiros dados. Os resultados mostram que as leis existentes de nada adiantam. Um trabalhador branco ganha, em média, R$ 573 mensais. O negro, R$ 262. Nos dados do Ipea, o branco passa mais tempo na escola (6,3 anos) do que os negros (4,4 anos). Entre adultos de 25 anos, a situação é a mesma: o negro estuda 6,1 anos e o branco 8,4. O Ipea concluiu também que, se os negros tivessem a mesma escolaridade dos brancos, ainda assim seus rendimentos seriam 30% menores, de R$ 407. A diferença é fruto da discriminação no mercado de trabalho e nesse campo não houve avanços no último século.


“Precisamos de ações afirmativas para reduzir essa distância. Uma delas é garantir um tempo maior de permanência na escola para os negros”, afirma Henriques. Ele defende a adoção de cotas para negros no serviço público, nas empresas e nas universidades. O sociólogo Luiz Antônio de Souza, do Núcleo de Estudos da Violência da USP, ressalta que o Brasil é um dos países mais injustos quando se trata de distribuição de renda. Como a pobreza é muito gritante e, historicamente, foi construída a imagem de que os negros são incompetentes, e por isso pobres, a questão racial foi maquiada. “Sempre se deu mais importância para a questão social, dizendo: ‘Vamos combater a pobreza que a situação racial vai ser resolvida.’ Isso não é verdade. A discriminação não está associada à pobreza. Ela é racial e, no caso dos gays, sexual. Fazer essa ligação é não aceitar o preconceito. No Brasil não se encara a questão racial como um problema”, analisa.
Souza lembra que aqui se construiu a imagem da discriminação benéfica, ou seja: o negro é muito bom para o esporte, o Carnaval, a música. “O tipo de construção ‘tem samba no pé, é bom no futebol’ serve para dizer que ele se presta apenas para a corporalidade, para o sexo. O negro não ascende socialmente em pé de igualdade com o branco. É como se ele só fosse capaz para determinadas áreas”, afirma o sociólogo. Esse tratamento diferenciado é um velho conhecido do ex-jogador e hoje treinador de futebol Cláudio Adão, 45 anos, e de sua mulher, a jornalista Paula Barreto, 42. Cláudio é negro e Paula, filha do cineasta Luiz Carlos Barreto, é branca. Eles estão casados há 23 anos e têm dois filhos. Quando começaram o namoro enfrentaram todo tipo de preconceito. “No começo, quando chegávamos aos lugares, as pessoas ficavam em silêncio. Hoje é mais sutil, mas ainda acontece. Quando um carro pára ao lado do nosso, normalmente as pessoas ficam nos olhando”, diz Paula. Há dois meses, o filho Felipe, 15 anos, que é negro, estava com três amigos brancos e queria entrar em um condomínio de luxo da Barra da Tijuca para ir a uma festinha. O segurança liberou a entrada dos rapazes brancos e Felipe foi barrado. Cláudio Adão também vê discriminação na função de técnico de futebol. “As pessoas acham que o negro só serve para jogar, correr, fazer gols, mas não é capaz de fazer estratégias, pensar”, afirma ele. “Se disputar uma vaga com dois treinadores brancos, serei eu o preterido”, lamenta.

“O governo brasileiro reconhece a existência de discriminação. Apesar da nossa legislação, que avança, mantemos a situação em que a população negra enfrenta muito mais do que a branca pobre a falta de acesso à educação, ao mercado de trabalho, aos salários e a outros indicadores sociais e culturais”, reconhece o embaixador Gilberto Saboya, secretário de Estado de Direitos Humanos e coordenador da conferência brasileira. A maior carência do País, admite o embaixador, é de políticas públicas.
A lentidão das vitórias contra o racismo levou o teólogo Geraldo Rocha a abandonar a batina. Ele estudou em um seminário no Rio Grande do Sul durante 13 anos. “Eu era o único negro e, depois de muita discriminação, fui convidado a me retirar quando comecei a trabalhar com grupos de consciência negra”, lembra. Rocha se mudou para o Rio de Janeiro e continuou estudando teologia na PUC. Segundo ele, dos 12 mil padres no Brasil, apenas 200 são negros. O racismo, explícito ou disfarçado, faz parte de uma intolerância mais abrangente. As igrejas cristãs, por exemplo, não discriminam apenas o negro. “A Igreja é genocida. Suas pregações contra os homossexuais alimentam os grupos fascistas que matam travestis e gays”, analisa o escritor João Silvério Trevisan. Ao contrário do sistema policial intolerante com os homossexuais, o Judiciário tem se mostrado mais sensível. Já reconhece direito à pensão, à herança e à não discriminação. Em Estados como Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais a legislação está mais avançada. Segundo o professor de História do Brasil na Universidade da Califórnia, James Green, a melhor proposta seria alterar a Constituição para explicitar a proibição à discriminação por orientação sexual. “ Mas não adiantam leis sem conscientizar a sociedade”, admite Green.

Informações retiradas da revista ISTOÉ
N° Edição:  1657 |  04.Jul.01 - 10:00 |  Atualizado em 19.Jul.11 - 17:58
Colaboração de Danielle Gonçalves Bohrer

Redução da Pobreza no Brasil


© UNESCO/Nelson Muchagata
Historicamente, as enormes desigualdades sociais, econômicas e culturais expressam uma das características mais marcantes do país. Em anos recentes, percebe-se um crescimento da consciência da sociedade e do governo quanto à necessidade de reverter-se essa condição, criando-se mecanismos de participação e controle social, programas, projetos e ações que indicam um movimento de transformações positivas.
Apesar de possuir grande número de pessoas pobres, o Brasil não é um país pobre, mas tem que superar um quadro de injustiça social e desigualdade. As desigualdades sociais estão presentes em todo o país, o que se reflete em uma posição intermediária ocupada pelo Brasil no ranking de países do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Isso significa que ainda há muitas dificuldades a serem superadas nas áreas de educação, assistência social, saúde, distribuição de renda e emprego.
A redução da pobreza e a luta contra as desigualdades sociais são as grandes prioridades do Programa de Ciências Humanas e Sociais da UNESCO no Brasil. Pratica-se uma abordagem avançada e estratégica, baseada no avanço do conhecimento e pesquisa em ciências sociais, com o propósito de subsidiar a formulação de políticas públicas e reforçar a capacitação e treinamento das competências dos recursos humanos.
Os projetos piloto na área da inclusão social, em estreita cooperação com ONGs e com a sociedade civil, recebem especial atenção. A UNESCO presta cooperação técnica em todos os estágios, do planejamento à implementação de projetos, e nas atividades inovadoras.
É importante ressaltar que, apesar das mudanças positivas refletidas nos dados acima, em termos absolutos, as melhoras ainda são insuficientes para promover o ‘grande salto’ de que o país necessita. Outro aspecto a se considerar é que o estudo define como indigentes apenas as pessoas com renda per capita inferior a um quarto do salário mínimo, e pobres com renda acima desse patamar, até no máximo meio salário mínimo, e estes são valores muito baixos. (Fonte: IPEA - Ipeadata)
A pobreza não é relacionada somente à falta de recursos, mas engloba diversos elementos como a desigualdade na distribuição de renda, a vulnerabilidade, a exclusão social, a violência, a discriminação, a ausência de dignidade, etc. Neste sentido, a UNESCO está comprometida com a promoção da conscientização para o fato de que a libertação da pobreza é um direito humano fundamental.
A Organização procura direcionar seu discurso, suas práticas, suas perspectivas e a alocação de seus recursos para instrumentalizar a educação, a cultura, a ciência e a comunicação para promover ações para a redução da pobreza e elevar os índices de desenvolvimento humano dos povos.

Postado por Odilia Cantarelli Alves

domingo, 17 de julho de 2011

CONSEQUÊNCIA DAS DESIGUALDADES SOCIAIS

Os brasileiros convivem diariamente com a divulgação dos resultados da pobreza pelos meios de comunicação que são provindos de uma sociedade capitalista que os dividide em classes sociais.
A condição de miséria do Brasil não pode ser dita que é causada pela preguiça, falta de interesse pelo trabalho, que os brasileiros são acomodados à espera de programa sociais oferecidos pelo governo, pois isto não procede.
Com as novas tecnologias o desemprego  cresceu em nível mundial nas últimas décadas e houve também à redução de postos de trabalho. Com a redução dos postos de trabalho aumentou o índice de pobreza é comum ocorrência de desmaios de alunos por falta de alimentação, muitos estudantes frequentam a escola por causa da merenda escolar para muitos é a única refeição do dia, aumentou também o índice de violência.
O processo de distribuição de renda e desemprego obriga as pessoas a procurar lugares impróprios para morar, por não ter condições financeiras para ter moradias dignas, habitam favelas e áreas de risco desprovidas dos serviços públicos (esgoto, água tratada, saúde, educação, entre outros) que garantem uma melhor qualidade de vida. Outros não têm nem isso vivem embaixo de fachadas de lojas, instituições, praças e pontes ou no meio da rua mesmo. A pobreza é decorrente de vários fatores como os processos de globalização, a modernização dos meios de produção e a desigualdade de distribuição da renda.

Olívia de Souza Matos

AUMENTA A POBREZA NO BRASIL E NO MUNDO

" O economista Marcelo Neri, coordenador do Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (Ipea) levantou dados significativos sobre a distribuição da pobreza no Barsil, por região, de acordo com as pesquisas, são as seguintes; no Nordeste , 80% dos 45,4 milhões de habitantes; no Norte, 68% da população e no Centro Oeste, 51%. O Sudeste, com 43% e o Sul com 39% continuam sendo as regiões com menores índices percentuais de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza. O estado brasileiro com maior indice de pobreza é o Maranhão, onde 86% da população vive na miséria. Em seguida está o Piauí, com 83% e Tocantins, com 81%.
O economista levantou ainda dados bastante significativos  sobre a relação desemprego, arrocho salarial e miséria. É verdade que muitos desempregados são pobres, mas há também um enorme contigente de pessoas que, mesmo tendo emprego, não ganham o suficiente para viver, disse ele, lembrando dados de que o Brasil, 10 milhões de pessoas estão desempregadas, sendo que deste total, 2,1 milhões são pobres. Mas, por outro lado, existem 14 milhões de ocupados no pais que também vivem pobreza em função dos baixos salários e do aumento da exploração".
É um indice preocupante de pobreza em nosso país e em nossa cidade?
Precisamos analisar o que ocorre em nosso redor, refletir sobre o assunto será de grande importãncia para nossos estudos.

Odilia Cantarelli.

Discriminação e pobreza



A sociedade se depara com a iniquidade e o desnível social gerando a discriminação e a pobreza das pessoas menos favorecidas. A falta de oportunidade leva a exclusão social, a marginalização, a alienação, ao desempregos,a pobreza, a miséria, a falta de esperança e de sonhos. A discriminação continua e em grande número de oprimidos e dos que não tem o que fazer pela má distribuição de renda e de recursos. A diversidade é deixada de lado sendo um fator de oportunidade que poderia porporcionar benefícios e a transformação de mudanças favoráveis aos necessitados. Danielle Gonçalves Bohrer.

Pobreza e discriminação racial

A pobreza não é igual para todo mundo. Ela é maior entre as crianças negras e indígenas. É como se alguém perdesse seus direitos só por causa da cor da pele ou do povo a que pertence. É o que se chama discriminação racial: a idéia de que as pessoas de cor ou de cultura diferente sejam menos inteligentes, menos honestas, menos gente.
É muito triste, mas no Brasil é isso o que ainda acontece. A discriminação racial nasceu da escravidão dos indígenas e, depois, dos negros. A escravidão já acabou há muitos anos, mas deixou marcas até hoje, na forma de preconceito.
De cada dez crianças pobres, sete são negras. Filhos de mães negras têm mais chance de morrer do que filhos de mães brancas. As crianças negras também vão menos à escola e as mães negras vão menos ao médico durante a gravidez. Como resultado, morrem mais crianças negras e indígenas do que brancas.
A discriminação racial traz problemas que podem durar para sempre. Se as crianças negras de hoje não se alimentarem bem, não crescerem com saúde e educação, como elas poderão dar boas condições de vida a seus filhos, no futuro? A história de preconceito e pobreza vai se repetir com as crianças que vão nascer.
Para quebrar esse círculo vicioso, o governo precisa criar políticas públicas para dar mais oportunidades a negros e indígenas para que tenham os mesmos direitos que as pessoas brancas. São as chamadas ações afirmativas. Um exemplo de ação afirmativa é o que fazem algumas universidades públicas, que são gratuitas: reservam algumas vagas especialmente para alunos negros e indígenas.

http://www.unicefkids.org.br/pag_texto.php?pid=43
Colaboração de Danielle Gonçalves Bohrer

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Boa noite colegas de curso.

Nosso BLOG está bobando, vamos participar e ampliar conhecimentos. Nossa união será viável para nossos estudos.
Abraços.

Olivia

Ola colega!

Boa noite!

Nosso Blog está ficando muito legal, contamos com a participação de todos. Ideias novas sempre são bem-vindas. Acreditamos em nossas competências.
Abraços calorosos!

Odilia Cantarelli Alves