sábado, 3 de dezembro de 2011


Saúde
População negra é atingida cada vez mais pelo vírus do HIV
5 de dezembro de 2004
Foi divulgado na última semana pelo Ministério da Saúde o Boletim Epidemiológico da Aids 2004, onde foram levantados dados sobre o índice de pessoas que contraíram a doença nos últimos anos, revelando que a epidemia está crescendo consideravelmente entre a população negra e parda no Brasil.
Segundo as informações do boletim, no ano de 2000, quando foi apurado o número de pessoas infectadas separadas por raça pela primeira vez, concluiu-se que entre as mulheres que possuíam a doença, 13,2% eram negras, enquanto que entre os homens, 11,2% eram negros.
Já no primeiro semestre deste ano, pôde-se perceber um relativo aumento, onde entre as mulheres o vírus atinge 14,3% das negras e entre os homens 11,8% dos negros. Considerando as mulheres pardas, esse número subiu de 22,4% em 2000 para 28,1% em 2004.
Além disso, foram descobertos 41.249 novos casos de pessoas infectadas com o vírus do HIV que não haviam sido registrados até ser realizado um cruzamento de dados, elevando o número para 362.364 pessoas com Aids desde 1980.
Devido à condição histórica da população negra como um dos setores mais oprimidos e explorados na sociedade, o desenvolvimento do capitalismo colocou-os em uma condição fatal, comprometendo todo o seu caráter econômico, social e cultural, impossibilitando sua emancipação efetiva, além do acesso à condições de vida superiores.
Ao mesmo tempo, a política para a saúde no sistema capitalista assume um papel puramente comercial, onde o domínio das patentes de coquetéis anti-HIV por parte dos laboratórios caracteriza-se por literalmente controlar a vida de milhares de pessoas infectadas pelo vírus.
O governo Lula pode chegar ao absurdo de não conseguir sequer garantir o acesso que já existia aos medicamentos contra o vírus da Aids, mostrando sua submissão ao poder econômico dos grandes grupos da indústria farmacêutica, principalmente à capitulação diante da pressão dos países imperialistas que de toda a forma, enquanto aplaudem o fato de que no Brasil há a distribuição de medicamentos à população, restringem o acesso aos medicamentos.

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