O negro nas artes
Oferecendo estes textos aos alunos, o professor pode formar grupos designados para a leitura e a interpretação do material utilizado. Para viabilizar o trabalho é preferível que o professor monte previamente um roteiro de questões capaz de delimitar quais as preocupações de cada um dos alunos na pesquisa. Dessa maneira, a leitura deve ser feita junto ao roteiro para que o aluno não esqueça ou se confunda durante a resolução das questões levantadas pelo professor.
Um primeiro item de investigação deve realizar um levantamento de cada um dos personagens racialmente distinguidos na história. Em um quadro esquemático, o aluno pode contabilizar quantas personagens brancas, negras, mestiças e indígenas existem ao longo da história. Se quiser, o aluno também pode realizar um gráfico e assinalar a proporção de personagens de outras definições étnicas para cada branco que aparece no texto.
Depois disso, o aluno fará uma leitura crítica do texto tentando circunscrever os papéis assumidos pelas personagens negras no texto. Para facilitar essa nova etapa, indague sobre a profissão exercida pelos personagens ou as características psicológicas que mais são acentuadas em cada um deles. Um outro ponto de grande relevância pode ser explorado ao perguntar no roteiro que tipo de relação que os personagens negros possuem com os demais personagens da história.
Após cada um dos alunos preencherem suas percepções no roteiro, o professor pode convidar alguns deles para demonstrar os resultados de sua pesquisa. Depois disso, verifique de que forma as conclusões de cada um dos alunos e obras podem ser historicamente compreendidas. Caso haja histórias onde o negro ocupe posição de destaque ou prestígio, procure construir com os alunos uma linha temporal na qual as obras sejam ordenadas em função do destaque dado às personagens negras.
Passada a coleta e a discussão das informações envolvidas no trabalho de cada um dos alunos, o professor pode ainda oferecer um filme que encerraria o debate. No caso sugerimos a exibição do filme “Em compasso de espera” (1973), de Antunes Filho. Com a exibição do filme, o tema ganha uma abordagem contrária ao dualismo antagônico que geralmente permeia esse tipo de discussão.
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