sábado, 10 de dezembro de 2011

Água potável e casas de banho para reduzir pobreza e mortalidade


A instalação de casas de banho e o fornecimento de água potável nos países mais desfavorecidos é o meio mais seguro de reduzir a pobreza e melhorar a saúde pública, segundo um relatório das Nações Unidas publicado domingo."Os problemas de água provocados largamente pela gritante ausência de casas de banho adequadas em vários locais, contribui enormemente para os problemas mais sérios, entre eles a estreita relação entre o mau estado de saúde e a pobreza crónica", sublinhou Zafar Adeel, director da rede internacional de água, do ambiente e da saúde da Universidade das Nações Unidas, com sede no Canadá. Perto de 900 milhões de pessoas em todo o Mundo não têm acesso a água potável e 2,5 mil milhões vivem sem casas de banho adequadas. Destas últimas, 80% residem em zonas rurais. Segundo as Nações Unidas, 10% das doenças no Mundo são atribuíveis ao consumo de água insalubre, à falta de casas de banho e de higiene, provocando mais de 3,5 milhões de mortes em 2002. Cerca de quatro mil milhões de pessoas contraem diarreias todos os anos e 1,4 milhões de crianças com menos de cinco anos acabam por morrer, apesar de 94% desses casos serem evitáveis. As diarreias crónicas podem levar à má nutrição entre os mais jovens, tornando-os mais susceptíveis a outras doenças, que causam 860.000 mortes todos os anos, segundo as Nações Unidas. A simples melhoria de acesso à água potável, a casas de banho e ao facto de se lavar as mãos com sabão pode reduzir em 25% a taxa de doenças que resultam da falta de higiene. Este relatório foi publicado no início de uma conferência internacional de dois dias organizada pela ONU em Hamilton, no Canadá, durante a qual vários peritos vão apresentar soluções para os problemas sanitários.

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